Pacientes denunciam hospital de Caxias por negligência; duas crianças morreram durante o parto

O Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, está sendo alvo de denúncias de negligência. Pelos menos dois bebê...

O Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, está sendo alvo de denúncias de negligência. Pelos menos dois bebês, de acordo com pacientes, faleceram por falta de um atendimento adequado para o parto.

Amanda Souza, de 19 anos, e Maria Heloísa, de 29, perderam as crianças já internadas na unidade. A primeira gestante acusa o hospital de ter provocado lesões e um edema na cabeça da bebê. Já a outra grávida denunciou a demora para a realização do parto cesária, o que fez com que o neném passasse da hora de nascer.

 

Amanda se internou no fim de março para dar à luz a Valentina. Tratava-se de uma gravidez de alto risco, já que a jovem tinha diabetes gestacional e a bebê pesava quase quatro quilos. Mesmo assim, ela conta que a equipe médica decidiu induzir um parto natural.

“Até o último momento que eles pudessem fazer o normal eles iriam fazer. E assim foi feito. Me cortaram, me deixaram sofrendo, a minha filha ficou sem oxigênio, subiram três vezes em cima de mim”, contou Amanda, que completou dizendo que assim que a pequena nasceu, ela já foi para o balão de oxigênio. A decisão pela não cesária acarretou graves consequências para a bebê, já que a criança nasceu com um edema na cabeça e lesões nos olhos.

“Quando um subiu em cima de mim deu lesão na cabeça da minha filha e o cérebro dela inchou. Conforme inchou, bloqueou o oxigênio na cabecinha dela e veio essa tragédia”.

Valentina passou os últimos 30 dias internada na UTI Neonatal e teve morte cerebral confirmada no dia 03 de maio. A direção do hospital informou em nota que Amanda deu entrada na unidade com gestação de alto risco e que durante o parto foi identificado quadro infeccioso fetal, sem dar maiores explicações sobre o assunto. Também relatou que o bebê passou a respirar com a ajuda de aparelhos, mas não justificou o que teria causado as lesões do corpo, nem o edema na cabeça da criança.

No caso de Maria Heloísa, o problema também foi o parto, mas precisamente na demora dele. Vitória, irmã dela, conta que a jovem está na UTI e que ela também perdeu o bebê aparentemente saudável.

Segundo ela, a irmã deveria passar por uma cesariana, mas o atendimento demorou muito e a criança passou da hora de nascer, vindo a óbito dentro da barriga. Durante a denúncia também afirma que não houve acompanhamento psicológico para Maria Heloísa.

A Record TV Rio entrou em contato com a direção do hospital, mas não obteve respostas.

Por Notícias de Duque de Caxias

Dados R7