O caso do idoso que foi levado ao banco morto por sua sobrinha em busca de um empréstimo segue tendo suas atualizações. Érika de Souza Vieir...
O caso do idoso que foi levado ao banco morto por sua sobrinha em busca de um empréstimo segue tendo suas atualizações. Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver e aguarda julgamento enquanto a polícia apura as versões.
Algumas das pessoas envolvidas no caso já externaram suas versões sobre o que aconteceu. Confira os depoimentos abaixo.
MOTORISTA DE APLICATIVO
O motorista de aplicativo que levou Érika e Paulo Roberto para um shopping perto do banco disse à polícia que, quando chegou ao endereço deles, em Bangu, Érika estava na calçada esperando o carro. Ele alega que não ajudou o idoso a embarcar e apenas aguardou enquanto Érika, suas duas filhas e mais um rapaz colocavam Paulo Roberto no banco do carona.
Durante a viagem, o motorista diz não ter percebido algo de estranho e nem o fato de não se mexer tanto. Ao chegarem no estacionamento, Segundo ele, Érika saiu do carro para segurar a cadeira de rodas para que ela conseguisse retirar Paulo Roberto do carro. Em seguida, afirmou que depois foi embora. No entanto, o vídeo das câmeras de segurança, mostra que ele ajuda Érika a segurar o idoso e a colocá-lo na cadeira de rodas.
GERENTE DO BANCO
A gerente do banco, onde houve a tentativa de empréstimo, disse que viu uma mulher acompanhada de um idoso na cadeira de rodas, que aparentava estar muito debilitado, e foi entender do que se tratava.
Ela também alega que, ao perceber que o idoso não estava bem, pediu a Érika que o tio dela assinasse um papel antes de pegar o dinheiro e percebeu que, durante todo o processo, Paulo Roberto não respondia, e tinha aspecto pálido. Diante da situação, o Samu foi chamado.
MÉDICO DO SAMU
O médico afirma que, ao fazer a reanimação cardiorrespiratória, verificou que Paulo já estava morto e que o corpo já apresentava manchas condizentes a de um cadáver duas horas após o óbito.
FUNCIONÁRIOS DO BANCO
Em áudios enviados através do WhatsApp, eles afirmam que já perceberam algo de errado assim que Érika e Paulo Roberto entraram na agência.
ÉRIKA
Érika sustenta a versão de que cuidava de seu tio diariamente e que, depois de receber alta de uma internação em uma UPA na segunda-feira, Paulo Roberto havia dito a ela que queria pedir um empréstimo de R$ 17 mil para comprar uma televisão e fazer uma reforma na casa dele.
Disse ainda que foi ao banco com ele para ajudar e que, quando saíram de casa, Paulo Roberto estava consciente, mas debilitado.
Segundo Érika, quando chegaram ao banco, o tio parou de responder. Afirmou que tentou acordá-lo, mas não conseguiu.
DEFESA
A advogada de Érika, Ana Carla de Souza Correa, apresentou um laudo psiquiátrico de sua cliente: "A senhora Érika faz um tratamento psicológico, toma remédios controlados. Fez tratamento bariátrica e precisa de tratamento psicológico”, afirmou.
Apesar disso, ainda afirma que o idoso chegou vivo à agência e diz que Érika pode não ter percebido o estado do tio por conta dos remédios que toma: “Acredito que ela estava em surto naquele momento por causa dos medicamentos. Ela estava visivelmente alterada”.
DELEGADO E IML
O delegado Fábio Luiz de Souza declarou à imprensa que acredita que o idoso já estava morto havia pelo menos duas horas e que não morreu sentado baseado nos exames.
"Não dá pra dizer o momento exato da morte. Foi constatado pelo Samu que havia livor cadavérico. Isso só acontece a partir do momento da morte, mas só é perceptível por volta de duas horas após a morte", explicou Fábio.
Já o perito do Instituto Médico Legal (IML) afirma que o óbito pode ter ocorrido entre 11h30 e 14h30, mas que ele não tem elementos seguros para dizer, do ponto de vista técnico e científico, que a vítima morreu no trajeto para a agência ou em seu interior.
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